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Serenata #M#
Noite clara, lua cheia, lua bela.
Ele trazia nas mãos um violão e três rosas roubadas em um jardim. Bem próximo à janela dela fazia serenata. Cantava as mais lindas e românticas canções. Seu coração transbordava amor e carinho. Ela acordava. Coração pulava no peito. Mas seu orgulho, recato e insegurança a impediam abrir a janela e acenar. Nunca demonstrou que seu coração também estava cheio de amor. Ele ia embora decepcionado. E sempre se decepcionava pois ela não lhe dava oportunidade de se aproximar. Era tudo o que mais queria. Aproximar e declarar seu amor. Ela demonstrava indiferença. Seu coração queria se abrir. Ele foi cantar em outra janela. Ela chorou. Mas não se abriu ao amor. Passou o tempo. Ele ainda se lembrava das noites em que cantou pra ela. As noites nunca mais foram tão claras e belas. Seu coração ainda pulava quando ela passava. Tanto tempo passado. Ela, em sua solidão, abria o seu livro preferido. Várias rosas, murchas e secas, como se tornou sua vida. Que doces lembranças lhe traziam Que saudade. Que vontade de começar de novo e fazer tudo diferente…
Nádia Gonçalves
Enviado por Nádia Gonçalves em 02/02/2024
Alterado em 02/02/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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