Nádia Gonçalves

A cada dia cresço, esclareço e me transformo em prismas de puro brilho essenciais à minha alma.

Textos

Plenitude
Ele chegou como um vendaval  em sua vida tão sem vida.
Falava de coisas que ela não conhecia, mentia de forma tão natural, encantava…
Foi entrando sem pedir licença e se instalando como posseiro em sua vida sem brilho.
Cantava em seu ouvido e falava palavras que nenhum outro jamais falou.
Meias mentiras, meias verdades.
Verdades inteiras, mentiras desnecessárias.
Tocava seu corpo de mulher como nunca fora tocada.
Ousadia e intensidade…
Ela, mulher sensata e racional, tentou resistir.
Se viu enredada, tomada, caçada de forma fatal…
Ele a fazia mulher plena, fêmea no cio, mulher dominada, fêmea dominadora.
Amava como se ela fosse a única mulher do universo.
Vivia cada instante como se não houvesse o próximo.
Tocava seu corpo delicadamente  como se fosse uma flor, uma jóia rara.
Tomava-a em seus braços com ardor e luxúria.
Tudo nele era intenso…
Viver, mentir, amar, transar, sentir, fazer, se dar, tomar…
Assim como se apaixonou, desapaixonou,
Assim como ela apaixonou, desapaixonou.
Ele se foi.
Ela nunca mais foi a mesma.
Sua vida tinha vida, brilho, sentido.
Nela ficou a intensidade, a ousadia, a plenitude do viver.
Entendeu que tudo valeu a pena, que tudo sempre vale a pena.
E que sua alma jamais será pequena.
Nádia Gonçalves
Enviado por Nádia Gonçalves em 06/09/2024
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