Bom é rir até a barriga doer, até o olho lacrimejar, até parece que a gente vai desmanchar. Rir com a alma, com o corpo todo, daquele jeito que não dá pra segurar. Vira gargalhada um pouco deselegante, mas puro de tão verdadeiro.
Bom é rir até a barriga doer. Não aquele riso rápido, protocolar que a gente oferece por educação ou para preencher o silêncio. Falo daquele riso que vem de dentro, que escapa sem pedir licença, que faz a gente esquecer do tempo e por um raro instante até da vida.
Bom é rir até a barriga doer porque mau humor e caras fechadas a gente vê demais. Bom é rir com quem se ama, rir de quem reclama. Rir feito bobo de uma lembrança com amigos, rir do mal amado que murmura e ninguém atura.
Bom é rir até a barriga doer, não de tudo pois seria insensato, mas rir de nada quando tiver vontade. Rir de pequenas travessuras, do que não teria graça, mas naquela hora desperta o riso que não para até doer a barriga.
Bom é rir até a barriga doer. Desopila fígado, mente, alma e espírito. Torna o coração leve, músculos relaxados. Depois de frouxos de riso tudo fica mais leve e o mundo mais colorido. Se o sorriso cabe em qualquer lugar a gargalhada cabe muito bem em si.
Bom é rir até a barriga doer, na cumplicidade em que basta um olhar para se entender e gargalhar, sozinho, com amigos, do nada sabendo que rir é remédio para a alma e o corpo. E quando a barriga dói ainda há riso na alma.